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Edu Viola e o Bando Novo

by Edu Viola

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1.
Cata Louco 04:02
No silêncio dessas horas, Todos dentro e eu, de fora. Já passou do meio da noite. O cata louco demora. Uns pivete na calçada, Só mulher mal encarada. Pego a Nove de Julho, Cruzo a Paulista por baixo, E puxo pra minha casa. Ela fêmea e eu, o macho. À noite, a volta por Roma adormecida, E a certeza de que tudo depende de mim. Você mandou me calar, falei. Você pediu pra eu falar, falei. E tudo que se falou na copa, Entrou no tempero dessa sopa. O escritório de cisal, Centro da capital, Instalei. Que o trabalho é envolvedor, Bom anestesiador, Me animei. Queime a ponta você! Você tem fósforo aí e noção. De que horas sejam, meu irmão? Você tem fósforo aí e noção. De que horas sejam, meu irmão? Falava do super aquecimento, Do enfumaçamento, Do engrandecimento. E do ciumento antológico que virou uso. Costumeiramente acontece com você Ciúme, ferro, poeira, que é hora do aço Sabe o que acho? Sa'qeu acho? No silêncio dessas horas, Todos dentro e eu, de fora. Já passou do meio da noite. O cata louco demora. Uns pivete na calçada, Só mulher mal encarada. Pego a Nove de Julho, Cruzo a Paulista por baixo, E puxo pra minha casa. Ela fêmea e eu, o macho. E se tiver que encontrar Com alguém, por aí, pode crer, Tem que ser você.
2.
Peraí 02:15
Feito para ver a luz E respirar ar, E me satisfazer, E Com todos dizer: - Peraí, peraí, peraí… Feito para ver a luz E respirar ar, E me satisfazer, E Com todos dizer: - Peraí, peraí, peraí… Se gostas de mim, Coloquios tê-los. Óleos e cheiros, Os pingos nos "I"s, Todos "F"s e não erres. - Peraí, peraí, peraí…
3.
Existência 03:16
Existir, Existência, existência, existência, existência... Fecundada na tormenta, Resistência, resistência, resistência... Existência, existência, existência, Existir! Você tem direito de viver sem sofrer, Você tem direito de viver sem sofrer. Existir, Existência, existência, existência, existência… Fecundada na tormenta, Resistência, resistência, resistência... Existência, existência, existência, existência… Existir!
4.
A Vizinha 01:50
Aqui tem metrô, tem trem. Aqui tem metrô, tem trem. Não saberes que estou triste, Vou correndo, Vou comer alpiste. Ser cantor encantadeiro, Passarinho sem puleiro ou crista, Sei que sou ser derradeiro Nesse pequeno viveiro, viste? Hoje eu morro, Amanhã eu choro, Depois eu rio! O vizinho ta curtindo tê vê, A vizinha, da janela, nem vê.
5.
Corpo Doido 03:43
Corpo doido, Meio vida ainda. Corpo doido, Meio vida ainda. Nem acordado, Nem sonho, Nem acordado, Nem sonho. …Aaaahhh... Tuas unhas, Minhas costas moídas, Tuas unhas, Minhas costas moídas. Ruge nos teus dentes, Ruge nos teus dentes. …Aaaahhh... Ver o seio, Minha boca firme. Ver o seio, Minha boca firme. No espaço vermelho Da tua lingua, No espaço vermelho Da tua lingua, Batom.
6.
Fada 03:22
Ser no Brasil, Acreditando em Curupira, Saci, Saber a lenda de Maní, Uiará, da Sucuri, Guaraná. Ludimelar, O senso como sensação, Iêmanja, Com humanismo desse sul, cidadão, Terceiro mundo, e olhe lá… É chegada a hora delas, Todas em suas janelas, Graciosas, riem e, belas, Cantam nas cidadelas. O novo dia da era, Uma porção de Marias, Ritas, Sofias, Dias mais bonitos da primavera. Elas causam e inventam o mundo, Feitos e efeitos refeitos. Pela prima vez, perfeitos. Como o que diz o poeta, O afeto afeta o feto, O avô, o pai e o neto. Maria, Helena…
7.
Eu Mosaico 02:15
Deixo assim, Fragmentos de mim. Mil historias sem fim, aliás, Sem novas nos finais. Tanto faz, Tanto fazem. Tanto fiz as pazes, Que quis todas as fases Por um triz. Meus sonhos nas paredes de giz, Meu furor não condiz. Mas acima de tudo, Mas acima de tudo, O negro, a fuligem, Minha cor de aprendiz.
8.
Chora, chora, morena. Torna à chorar morena, Põe a mão na cabeça. Morena põe a mão na cintura, Dá um sapatiadinho, Mais um quebradinho. Morena diz adeus a povo, Pega na mão de todos. Chora, chora, chora… Chora, chora, morena. Torna à chorar morena, Põe a mão na cabeça. Morena põe a mão na cintura, Dá um sapatiadinho, Mais um quebradinho. Morena diz adeus a povo, Pega na mão de todos. Vence a manhã, Vem o sol.
9.
A Sabiá 04:20
A calhar, lmagine o que vem com a chuva. O Sabiá laranjeira, Suobiá, como queira. Já não vem mais dizer: - Plantem, cantem! E essa calha pingadeira, Aniversaria-eia… Sem cultura e sem porteira, Agricultura sem fronteira. Hum... Com quem é que tá belo pedaço recortado, De céu azul, Pregado na parede da sala? Com quem é que tá belo pedaço recortado, De céu azul, Pregado na parede da sala? E agora você vai me contar essa história Tim tim por tim tim, Tim tim por tim tim.
10.
Mariana 02:37
Temos Mariana na palma da mão. Então, então, Mariana, Mariana, Mariana... Mari é anjo, Ana é sacana. Um anjo sacana, É Mariana. Quase onda do mar. Levanta da areia, A saia molhada, O seu caminhar, Parece voar, Parece voar... Seu jeito brejeiro, Seu jeito faceiro, Seu jeito maneiro, Parece dançar... Um passo, outro passo, Parece dançar. O encontro da areia E a água do mar. Mari é anjo, Ana é sacana. Um anjo sacana, É Mariana. Quase onda do mar. Levanta da areia, A saia molhada, O seu caminhar, Parece voar, Parece voar… Seu jeito brejeiro, Seu jeito faceiro, Seu jeito maneiro, Parece dançar... Um passo, outro passo, Parece dançar. O encontro da areia E a água do mar. Temos Mariana na palma da mão.
11.
Algo de alquimia, A gente que faz. Nossas memórias ancestrais. Amor, grandeza, Nos trará a paz. Mas… A pedra filosofal, No fundo do mar, A nos guiar. A pedra filosofal, No fundo do mar, A nos guiar. Os alquimistas, Vamos chegar já! Jesus e Buda, Vão se contentar. Ouça Alá, Iová, Uiará... …Aahhh...
12.
Fly 02:42
Ontem cheguei a Brasilia, Encontro todos por lá. O Gozadinho, O Falência, O Pipoca, O Peruá. Dou um chego no Beirola, Lá mesmo dou uma bola, Depois vou para o Moinho, Doidão, queimar um fuminho. Me mando pra Asa Norte, Bom demais, tem um do forte. Assim que eu chego lá, Umas mina pra azarar. Brasília que maravilha, Gêmea da bela marilia. E eu em meu caramujo, Não faço serviço sujo. Pra onde é que é o mar aqui? Marés, marés, marés, marés… Maré, lua, Sol, vento, ovo, O velho morreu de novo.
13.
Boiam Leves 02:45
Bóiam leves, desatentos, Meus pensamentos de magoa. Como, no sono dos ventos, As algas, cabelos lentos Do corpo morto das aguas. Bóiam como folhas mortas A tona de aguas paradas. São coisas vestindo nadas, Pós remoinhando nas portas Das casas abandonadas. Sono de ser, sem remedio, Vestígio do que nao foi, Leve magoa, breve tédio, Não sei se para, se flui; Não sei se existe ou se dói. (Fernando Pessoa)
14.
Manuela 01:30
Ela é a minha vinha, Meu sonhinho, Meu caminho. Meu carinho, É todinho pra você, Meu carinho É todinho pra você. Singela esperança. Crença na cria, Conforme a dança, Com ela nascia, De novo, Um novo dia do povo. Manoela, Manoela, Manoela.
15.
O poeta, é um fingidor. Finge tão completamente, Que chega a fingir que é dor. "O poeta, é um fingidor. Finge tão completamente, Que chega a fingir que é dor" A dor que, deveras, sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida, sentem bem, Não as duas que ele teve. "E os que lêem o que escreve, Na dor lida, sentem bem, Não as duas que ele teve" Mas só as que eles não tem. E assim, nas calhas de roda, Gira, a entreter a razão, Nesse comboio de cordas Que se chama o coração. (Fernando Pessoa)

credits

released November 17, 2012

Edu Viola - Viola e voz
Lara César - voz
Lou Calheiros - Voz
Fátima Silva - Voz
Ângelo Ursini - sopros
Luís Rovai - baixo, guitarra e voz
Fernando Thomaz - bateria
Gustavo Cecci - bateria
Simone Sou - percussão

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Edu Viola São Paulo, Brazil

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